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    Revista Sade Quntica / vol.1 n 1 / Jan Dez 2012 Pgina 43

    CONSTELAES FAMILIARES SISTMICAS

    Elza Vicente Carvalho

    Consultora em desenvolvimento humano, terapeuta e consteladora familiar sistmica, mster

    trainner em PNL, pedagoga e coach executivo.

    A constelao familiar sistmica um mtodo criado por Bert Hellinger.

    filsofo e telogo alemo que a partir da vivncia com diversos mtodos

    desenvolveu sua prpria terapia sistmica e familiar. Um mtodo revolucionrio das

    constelaes familiares. Considera-se o mtodo da Constelao Familiar Sistmica,

    uma abordagem da Psicoterapia Sistmica Fenomenolgica e que pode ser aplicadoem vrias reas da vida, incluindo a rea empresarial. Uma cincia que se coloca a

    servio da Vida!!! Uma cincia que trabalha os relacionamentos. Uma abordagem

    sistmica que honra e reverencia a vida assim como ela de fato . A reverncia

    significa que o outro pertence, assim como eu tambm perteno a algo.

    As constelaes familiares sistmicas so o resultado de uma atitude

    fenomenolgica. Por meio do caminho com a filosofia, ela pode ser olhada como

    uma atitude fenomenolgica. As constelaes familiares so orientadas por trs

    princpios bsicos, que denominamos como AS ORDENS DO AMOR, A

    necessidade do pertencimento, o equilbrio entre o dar e o receber e ahierarquia no sistema familiar. Estas ordens so pr-estabelecidas e esto

    contidas nos movimentos que acontecem nos sistemas familiares.

    Quando estas ordens so aplicadas, cessa a responsabilidade por injustias

    cometidas no grupo familiar. As culpas e as consequncias retornam s pessoas a

    que pertencem, e comea a reinar a compensao por meio do bem, substituindo a

    necessidade sinistra de equilibrar por meio do funesto, que gera o mal a partir do

    mal. O sucesso acontece quando os mais novos aceitam o que receberam dos mais

    velhos, apesar do preo, e os honram, independentemente do que tenham feito.

    Os excludos recuperam seu direito de ser acolhidos e nos abenoam ao invs denos amedrontarem. Quando lhes damos um lugar em nossa alma, ficamos em paz

    com eles. A partir do momento que estamos de posse de todos os que nos

    pertencem, de todos os que fazem parte do nosso sistema familiar, sentimo-nos

    inteiros e plenos no amor que pode fluir e crescer. Aquilo que se coloca a caminho,

    sem nenhuma inteno, sem medo e sem vontade de ajudar algum de qualquer

    maneira. Por meio do trabalho com os representantes podemos verificar que eles se

    movimentam sob o impulso da alma e encontram solues que esto alm da

    influncia do constelador ou do terapeuta.

    Os movimentos que acontecem em um campo de fora se originam quandonos detemos durante o esforo de extenso e dirigimos nosso olhar, no para algo

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    palpvel, concreto, mas olhamos para o todo.Olhar para o TODO significa captar

    o muito que est nossa frente. Quando nos expomos plenitude e conseguimos

    suportar isto, estamos expostos ao campo que atua. Este movimento de extenso e

    de retrao at alcanarmos a plenitude que nos ajuda a suportar o VAZIO que

    pode resistir diversidade, damos o nome de fenomenolgico.

    O representante, enquanto est neste campo quntico que atua, comporta-se e sente-se como algum da famlia que pertence a esse campo de fora. Isso

    existe tambm em outros contextos. Ruppert Sheldrake chama este campo de

    Campos Morfogenticos. Deste campo de fora iro emergir os conhecimentos

    de que necessita para uma soluo e que so trazidos nos movimentos das

    constelaes familiares. Vir tona o que de fato essencial.

    Este campo de fora est em conexo com outros campos de fora. Est em

    conexo com a verdadeira famlia que est sendo representada. Por isso, os

    representantes, quando penetram neste campo e se disponibilizam para ele,

    sentem como as pessoas reais. O terapeuta tambm entra neste campo e devepermanecer pouco tempo. Atravs deste campo ele se liga com tudo aquilo que

    est contido nesse sistema, principalmente com os que esto excludos.

    Somente quando h esta postura do terapeuta, de entrar e sair do campo e

    de no querer controlar nenhum resultado, o sistema pode presente-lo com uma

    viso de soluo para o que est se expondo no todo. possvel ento

    compreender de uma s vez o essencial que se mostra.

    O terapeuta renuncia a qualquer inteno pessoal, por exemplo, a de querer

    curar algo ou de mudar destinos, ele reconhece o que vem luz e o que acontece

    naquele momento, sem nenhuma inteno e sem temor.

    O trabalho com as constelaes um procedimento humilde. um trabalho

    de humildade. Dizer sim ao que emerge, renunciar liderana e se submeter a um

    contexto maior e entrar em consonncia com a famlia, no saber o que se

    mostrar no fim, a alma indica o caminho.

    Primeiro se retrai, compreende O GRANDE QUE SE APRESENTA, confia e

    deixa-se guiar pela grande alma , isto , para alm da famlia e ai poder ficar

    inserido no que acontece neste campo de fora e algo pode vir luz, passo a passo,

    sem o querer ou a necessidade de que acontea algo que traga solues , e o que

    vem luz, precisa ser respeitado tal como se apresenta.

    As imagens que aparecem nas constelaes so complexas e mostram as

    foras que atuam na alma de cada um. Podemos confiar nos movimentos da alma,

    pois assim tudo se movimenta por si mesmo. A dinmica familiar contida nos

    emaranhados aos quais podemos estar vinculados inconscientemente encontra a

    fora necessria para se desenvolver sem que haja interveno do terapeuta.

    O terapeuta trabalha a servio daalma que ali atua, preciso coragem para

    parar e ficar somente no essencial. O procedimento que acontece nas constelaes

    sistmico. Nesse procedimento trata-se de enxergar o completo e o todo dosistema familiar. necessrio que se olhe primeiro para todos aqueles que esto

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    excludos do sistema, para os membros familiares aos quais negado o

    reconhecimento ou para aqueles aos quais negado o amor. As constelaes

    trabalham para as relaes familiares. Depois de feitas deixamos tudo em paz, no

    necessrio que queiramos saber dos resultados, isto d fora para o que se

    mostrou e o cliente pode seguir adiante e tudo o mais continua trabalhando.

    Finalizo com Bert Hellinger: A planta inteira est contida na raiz. Nesta raizest concentrada a fora. Entretanto, a raiz pequena e somente toma pouco

    espao, quando a partir da raiz desenvolve a rvore inteira, a fora est expandida e

    esgotada.No necessrio olhar para todos os detalhes e querer entender tudo o

    que ali est contido olhar para os galhos e, as hastes e todas as folhas isto tira a

    fora. Na raiz, entretanto, est inteira e concentrada.E peo licena para continuar:

    Quando tomamos a fora da nossa raiz, conseguimos voar, irmos alm....

    Darmos os passos seguintes e a partir da o amor estando na ordem, flui e

    cresce! E a minha alma pode ento descansar neste amor que sustenta e apoia a

    vida exatamente como ela , e eu fico definitivamente em sintonia com aquiloquede fato eu sou e ao que perteno, atravs da minha famlia.

    Todos os grifos so do autor.

    BIBLIOGRAFIA

    Hellinger Bert. Ordens do amor Editora Cultrix - Edio brasileira 2002.

    Hellinger Bert. A fonte no precisa perguntar pelo caminho. Editora Atman -Edio Brasileira 2005.

    Hellinger Bert. O amor do Esprito. Editora Atman - Edio brasileira 2009.